segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022

Algumas palavras sobre o Antiquum Ministerium com D. Paulo Cezar, Arcebispo de Brasília

Da formação sobre a carta apostólica do Papa Francisco, em forma de Motu Próprio, pelo qual se institui o Ministério de Catequista, realizada na Paróquia Nossa Senhora da Saúde, 702 Norte, na tarde do último dia 05 de fevereiro.



D. Paulo explicou, a partir da leitura direta do documento do Papa Francisco, que o Ministério de Catequista remonta aos tempos de Jesus, com os primeiros cristãos. Lembrou-se da Didaquê e do “serviço de homens e mulheres que, obedientes à ação do Espírito Santo, dedicaram a sua vida à edificação da Igreja”, ensinando as bases da fé católica, como forma de “dar solidez e vigor aos que tinham recebido o batismo''. Comentou sobre o caminho do catecumenato e das catequeses mistagógicas, que foram importantes para a conversão do mundo ocidental ao cristianismo. A partir do Concílio Vaticano II, o envolvimento e compromisso do laicato com a obra da Evangelização voltou a ser valorizado e reconhecido.

Contou-nos que nas visitas paroquiais conheceu uma sala preparada para a Mistagogia (encontro com o mistério), e ressaltou que os espaços da catequese tem que ser bem cuidados e belos para encantar aos catequizandos. A formação na fé não tem que ser chata, deve ser algo agradável. Devemos falar bem de Deus, apresentar a beleza de Deus, é um desafio do tempo de hoje, apresentar o Querigma de forma sempre nova e atraente.

O Ministério da Catequese não deve se clericalizar, ao contrário, o catequista deve dar o seu testemunho no mundo, no ambiente de trabalho, na sua vida cotidiana, ordenar tudo para o querer de Deus. O catequista tem que SER DISCÍPULO MISSIONÁRIO, se colocar no seguimento de Jesus Cristo, pois só assim conseguirá introduzir os catequizandos na VIDA CRISTÃ a se  comprometer com os valores cristãos e a comunidade Igreja.

Lembrou-nos também que a Palavra de Deus, a Eucaristia e a Comunidade devem preencher o coração de cada catequista, e que na oração e intimidade com a pessoa de Jesus Cristo se obtém ânimo e fé verdadeiras para serem fecundos, perseverantes e até mesmo mártires da fé.

D. Paulo nos confidenciou ter sido catequista de adolescentes e se ver desafiado para passar a fé de maneira entusiasmada e criativa. Exortou-nos a confiar nos dons do Espírito Santo para doar a vida em nossas comunidades.

O Querigma, como nos lembra o Papa Francisco, deve ser sempre anunciado e repetido de maneira nova. Deus, que nos criou e ama de maneira incondicional, enviou seu filho Jesus para revelar-Se e dar-nos a conhecer seu plano de amor, derrotar o pecado e a morte com sua entrega na cruz. Jesus nos deixou o Espírito Santo e a sua Igreja, da qual somos herdeiros, e alcançou com a sua ressurreição o caminho de salvação eterna para todos os que creem nEle e O seguem.

D. Paulo ressaltou que conhecer o amor de Cristo faz a diferença na nossa vida! O que realmente marca a nossa vida é o encontro com a pessoa VIVA de JESUS CRISTO, e proporcionar este encontro deve ser a meta da catequese.

Falou-nos também que a Catequese e a Liturgia devem andar juntas pois assim como a Catequese apresenta Jesus, a Liturgia conduz o catequizando à experiência com Ele, através do mistério da fé vivenciado nos símbolos, ritos e celebrações. 

No Plano de Pastoral da Arquidiocese foi ressaltado o Pilar da Palavra, pois a Palavra de Deus é o próprio Jesus, com o qual devemos nos encontrar diariamente. D. Paulo está disponibilizando um vídeo curto com a meditação do Evangelho do dia no site da Arquidiocese, bem como podemos escutar o áudio deste “Momento Catequético” na programação da Rádio Nova Aliança, 710 AM e 103.3 FM.

Por fim, deixou-nos esperançosos e felizes de que, em consonância com o querer do Papa Francisco e com base nos critérios e itinerários definidos pela Comissão de Animação Bíblica Catequética da CNBB no final do ano passado, está empenhado em instituir o Ministério de Catequista em nossa querida Arquidiocese.