domingo, 14 de abril de 2013


EU e DEUS

    Não sei se já aconteceu com vocês, mas muitas vezes já me perguntei quem é Deus para mim? Será mesmo que Ele é meu criador, que sabe tudo a meu respeito e que tem poder para fazer o que quiser? E se for assim, por que Ele deixa que tantas pessoas inocentes morram de fome, permite catástrofes naturais como a tsunami, ou as guerras e atrocidades dos homens em busca de poder? Neste nosso mundo, onde está Deus?
  É difícil acreditar que Deus mesmo sem gostar destes acontecimentos, permite que seja assim. Ele nos deu a liberdade de escolha e com ela veio a responsabilidade. Somos nós seres humanos os grandes responsáveis pelas consequências dos nossos atos próprios e acabamos por estar à mercê das decisões de outros seres humanos.
    A humanidade está como está porque o homem não respeita mais a natureza, ou pior, não respeita mais os outros seres humanos. A vontade de lucrar, de ter poder sobre a vida de outros é grande, o coração de muitos anda duro como pedra, por vezes nós não nos achamos iguais, mas concorrentes.
    O coração de pedra de alguns faz sofrer uma multidão. Não sabemos ser irmãos, não tentamos cultivar a paz, não queremos dividir, e assim colaboramos para que o mundo fique como está ou piore.
    Lutar contra uma maré de guerra por terra, de terrorismo, de corrupção, de descaso com quem sofre em sua dignidade se faz urgente, mas como fazê-lo?
    Podemos começar buscando a Deus, aprendendo d’Ele os verdadeiros valores pelos quais vale a pena viver, orando para que o mal não se espalhe com tanta velocidade pelo mundo, se posicionando frente às situações sempre de acordo com a Lei de Deus, seus mandamentos. Com certeza teríamos um mundo melhor sem crimes, sem traições, sem mentiras, sem inveja, com amor que procede de Deus e é vivido com o próximo.
      Deus poderia ter criado o mundo perfeito, porém Ele quis criar o mundo em estado de caminhada para sua perfeição última (CIC 310). Os anjos e os homens, criaturas inteligentes e livres, devem caminhar para seu destino último por opção livre e amor preferencial. Podem, no entanto, desviar-se. E de fato, desobedeceram a Deus. Foi assim que o mal entrou no mundo. Deus não é a causa do mal, todavia, permite-o, respeitando a liberdade de sua criatura e, misteriosamente, sabe auferir dele o bem (CIC 311).
     Mas uma coisa é certa: “Sabemos que para os que amam a Deus tudo concorre para o bem”. (Rm 8,28)

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